segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Abaixo o meu celular.

Não posso deixar de exprimir aqui, em vias on line, o quanto que ODEIO o meu celular.
O quanto odeio o toque, apesar dele ser uma música dos mutantes que adoro. Odeio o fato dela ser o toque do celular.
Aí me perguntem: por que não troca a música?
porque eu simplesmente odiaria qualquer que fosse a música, porque odeio o fato de que meu celular toca.
Odeio. Odeio quando vibra, odeio o barulho que faz quando vibra. Odeio o toque das mensagens. Odeio também a tela das chamadas.
Mas, a parte mais sem nexo é que no fundo, no fundo, eu gosto. Gosto de odiar meu celular. E gosto de odiar todos os indicativos de comunicação existentes nele(levando em consideração aquele joguinho viciante que ele tem, que não exerce nenhuma função comunicativa).
Odeio e gosto porque espero.
Odeio porque sei que não é a ligação que espero.
Odeio porque talvez não seja a mensagem que quero.
Mas gosto desse odio porque no fundo, quando escuto o toque, fico pensando quem será.
Aí odeio porque é alguém perguntando da matricula da faculdade.
Odeio, odeio, odeio. Mil vezes odeio
Odeio chamadas, mensagens, vibracall.
Mas gosto de odiar.
E se odeio é porque, sim isso é dificil pra mim de assumir, assim se tão profundamente odeio é tão somente porque gosto.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cabines, pássaros e viagens.


- o que você espera?
- um trem que talvez nunca venha.
- e o que tem dentro dele?
- não sei... talvez um passaro...

Parece que vemos algumas possibilidades.
Supondo que o trem chegue, de uma viagem deveras longa, nele temos um pássaro.
Esse pássaro pode chegar até o fim da viagem. Mas, se fosse um bem-te-vi, provavelmente não aguentaria, por conta de sua fragilidade e da efemeridade de sua vida. Mas se esse fosse um falcão, ele teria mais chances de aguentar o percurso. Não sabemos, porém, se ele aguentaria esperar dentro da cabine até a chegada em seu destino.

Dentre tais explicações chegamos até:
1) O pássaro chega no final
2) O pássaro não aguenta e morre
3) O pássaro vê a vida passando do lado de fora da cabine e se vai.

Mas... Quantas cabines existem em um trem?
Talvez não deva prender-se às possibilidades de apenas uma. Sabe-se lá o que existe em cada uma delas.
E se dentro de cada cabine houver um pássaro, como na primeira?
Alguns não vão aguentar o percurso como o bem-te-vi, é verdade.
Alguns vão procurar o lado de fora como o falcão, é verdade.
Alguns serão buscados na chegada.
Só que talvez exista um que não morreu, não fugiu e foi esquecido. O da última cabine, talvez. Talvez ele até tenha nascido no meio da viagem. Ela foi tão longa que deu margem para que acontecesse.
Se o pássaro nasceu, surgiu agora, ele não canta. E se não canta é só e somente só porque não sabe ainda. Só precisa de tempo. Tempo pra aprender as melodias, tempo pra conseguir voar e tempo para as penas crescerem por completo.
Se existir paciência, esse estranho, mais novo, sem penas e que não canta talvez venha a ser o mais bonito e que tem o mais belo canto dentre todos aqueles outros que fizeram a viagem com ele.
Mas, se esse mesmo em que deposito uma breve fé no futuro não aguentar e se for, estamos numa estação.
Os trens vão e vem todos os dias e todos eles tem cabines.
E em cada cabine, mais uma provável surpresa.
Talvez não existam mais pássaros.
Mas com certeza existirá algo que faça os dias valerem a pena.
E mãos, e bocas, e pernas, e olhos, e rostos, e abraços, e risos, e sentidos, e...

domingo, 11 de janeiro de 2009

E o final?

É, parece que uma tarde faz toda a diferença.
Sabe, a parte mais interessante e menos divertida, é que as histórias sempre se repetem, mesmo que os caminhos tomados sejam diferentes.
Seria andar em círculos? Destino? Karma? Encosto? Enfim, o que importa é que a conversa de uma tarde de vez em quando serve pra colocar uns freios. O problema maior, é que de forma inconsciente (mas mesmo assim com um pouco de lucidez) eu não faria nem um pouco questão dessas rédeas, que, noto eu, serem necessárias, de fato. Pensar demais complica.
E os planos? Ah, os planos! Graaaandes planos. Não se sabe nem o rumo real que tudo vai tomar, mas dá vontade de jogar todos aqueles planinhos singelos pela janela.
Vou tomar uma resolução: plano é coisa pra quem está pra casar e olhe lá. É que planos geralmente são coisas ilusórias. Aí vai você, trabalhador assalariado, que junta todo o seu dinheiro pra comprar o carro dos sonhos e... descobre que ele saiu de linha e só vai poder comprar um usado agora. Tá vendo aí? Tá vendo aí?
Certo, é um pouco drástico e o exemplo não foi dos melhores, mas tem horas que preciso de um pilar qualquer. Umas muletas pra conseguir continuar levando tudo em frente sem esses fantasmas do que já passou faz tempo, mas que estão sempre aqui, martelando na lembrança e fazendo a auto-confiança/estima iram pro além. É que o costume de sempre-não-valer-a-pena fala bem mais alto que a possibilidade que eu, porventura, haveria de ter. Mas o fato de existirem duas distâncias acalmam em uma breve porcentagem todas aquela insegurança.
Daqui pra frente, então, só restam dois caminhos. Sei qual dos dois eu quero. Só não se é esse que vou escolher. Por quê? Porque, simplesmente, não sei se sou capaz de lidar com ele. Logo, se eu não for, a queda é BEM maior. E a dor também. Dor essa que já carrega o peso de ser o 4º ciclo de uma mesma situação, por assim dizer.
Mãos, mãos, mãos. Elas perdem espaço pras outras. Será mesmo? Talvez o trem realmente não venha. E o pássaro que estava dentro dele voe. Mas... será que não há outro animal, outro pássaro na mesma viagem? Pássaro mais novo é verdade, ainda sem todas as penas, mas que vai cantar ainda melhor, se for bem cuidado.
Mais dia, menos dia, um dos lados do triângulo pode acabar se partindo.
Na verdade, na verdade, não sei se esse texto foi demonstração de uma certa esperança ou se ele foi completamente deprimente. Só sei que a história não acabou ainda. Por sinal, parece que está apenas começando, eu acho.
E assim espero.
E espero mais ainda conseguir fazer um final decente.
Pra história e pro próximo texto.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

- Então, Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul...
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir... acho que isso é amor.


mas acho que ficar horas-a-fio deitada na grama abraçada com alguém também conta. Ao menos como um começo.
Zentem, sabe quando se tem aquelas GRANDES e maravilhosas idéias de um texto digno do premio Nobel de literatura... e esquece tudo na hora de digitar? ¬¬'
acho lindjo, sabe? quando vejo as atualizações dos outros blogs com textos imeeeensos falando sobre 1001 problemas sociais.
é, no máximo eu vou conseguir falar sobre minha última ida frustrada à metropole. E, por sinal, prometi a mim mesma que não vou mais pra lá num dia de sábado e aconselho a todas as biluzinhas que não se joguem no sábado também. A menos que queiram ser esmagadas pelas bees insanas que frequentam o famigerado dia.
E outra: nunca achem que 3 tributos, uma premiação e 200 dj's do quintos dos infernos vão fazer uma noitxe bombaçãããããão e fexativa. No máximo as senhoras chegam cheias de calos hematomas em casa.
Acho que até agora devo ter umas penas entalada na garganta =P
HAHA!

sábado, 3 de janeiro de 2009

“Quais seriam as boas regras pra se viver bem o ano novo?”
E Charlie Brown: “Manter a bola baixa, não deixar os lápis-de-cor ao sol, escovar os dentes todos os dias, não derramar a graxa do sapato, sempre bater antes de entrar, não deixar as formigas entrarem no açucareiro, nunca se oferecer para ser o diretor de um evento, acertar sempre o primeiro saque, e alimentar o seu cão sempre que ele estiver com fome.”

“Essas suas regras vão melhorar a minha vida?!”
E Charlie Brown: “Terá uma vida melhor e um cachorro mais gordo!”

“Já tem idéias para o ano novo Charlie Brown?”
E Charlie Brown: “Sim. Eu sempre tive medo o ano inteiro, só que dessa vez terei medo um dia de cada vez...”

Inferno astral

No mês que antecede nosso aniversário, o ponteiro se encontra transitando na casa 12 da roda zodiacal (a última), ligada ao signo de Peixes, que pode indicar sofrimento, doenças e fatalidades.É possível nas quatro semanas anteriores ao aniversário algum acontecimento desfavorável na vida da pessoa. Se nenhum aspecto negativo for formado, nada acontecerá. É sempre necessário que exista um ‘pano de fundo’ indicador de algo para que um evento aconteça. Nem sempre o mês que antecede o aniversário apresenta desgraças, doenças ou acontecimentos dramáticos. O certo é todos viverem o mês que antecede o aniversário como sendo um período de recolhimento, meditação e interiorização.
O meu inferno astral, em particular, consegue trazer tudo de ruim e negativo possivel durante um mês. O pior é que quanto mais perto do aniversário, mais a situação complica.
Esse ano, começei machucando pessoas que realmente amo e me massacrando por conta disso, claro. E, pra completar não lembro claramente de praticamente nada. Só de umas luzinhas piscando no céu, sabe?
Ah, sem contar umas faltas de consideração de outra parte. Me pegou de surpresa, realmente não imaginava. Sem contar a alergia completamente agravada porque fui obrigada a passar horas mechendo em poeira. E, só pra fechar, não faço nem idéia de como vou voltar pra casa depois de Belém. O que me deixa brevemente alegre é, somente, saber que vou passar meu aniversário lá. Bem longe daqui, por sinal, com a Graça de Allah, dos anjos e de Chuck Norris.
É, no ano que vem vou lembrar de me isolar numa bolha até a famigerada data em que isso tudo acaba.