quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sexo e Regionalismos

Um dos maiores problemas do Brasil, esse nosso país continental, são os preconceitos linguísticos. Pra acabar com eles, sugiro aqui o que todo mundo gosta: sexo.

Eu nunca havia saido, sexualmente falando, de Pernambuco até as últimas semanas. Aí que eu sempre brincava com as amigas e amigos que fizeram sexo com gente de fora do estado e as expressões ouvidas na cama por eles. De uma amiga que transou com um baiano, era o conhecido “Vai, mainha!” ou o clássico “engole, minha nega!”; De uma outra que transou com um carioca, era num clima meio funk: “Sua cachorra gostosa!”; Com um amigo que namorava um mineiro era “Gatão, seu trem bão!”; Teve o paulista e o tradicional “Mano, como você é boa!”; o Gaúcho e o “Bah, você usa a boca muito bem!”; O de Santa Catarina que transou com um amigo meu disse “Nossa, os alemão aqui não tem um pau desse tamanho!” eles se chamam de alemão porque são loirinhos dos olhos claros e meu amigo é moreno, então já viram, né?; Ainda teve o paraense que soltou um “égua, como você é firme!”; o cearense que diz “Maxo, vamo dedicar!” (lembrando que dedicar é transar); entre outras expressões já ouvidas por aí que eu não lembro.

Aí que aconteceu: fui prum congresso e resolvi tirar um tempinho a mais de férias em Goiás, o que me levou a conhecer um goiano gato e fofíssimo, um doce de menino. Recomendo-o a todas as amigas que forem pra Goiás, porque não se monopoliza coisa boa (na verdade se monopoliza, mas ele tá a 2.330km daqui, então aproveitem ele se forem por lá) numa festa que estava rolando, e que eu não faço idéia de como o conheci, porque, pra variar, estava bêbada. Então, num dado momento, rolou aquela de sempre: a gente se beijou na festa, etc, etc, ele me puxou pela mão e me levou a algum lugar. Eu fui sem questionar nem reclamar, queria qualquer coisa que ele estivesse planejando mesmo, e tratando-se de um homem, era bem obvio onde eu ia terminar. E quando dei por mim, estava na cama dele (na cama, no chão, em pé, na cama do amigo, no colchão, na varanda... enfim, né). Aí, umas várias horas de sexo depois, eu estava me dedicando pra fazer o melhor que podia no sexo oral, já que eu estava bêbada e tinha perdido grande parte da coordenação motora, e ele solta um “uai!”, num sotaque bem goiano

U

A

I

Eu parei o que estava fazendo no mesmo instante e dei uma risada imensa. Gente, eu não estava rindo por causa do uai, é claro, estava rindo porque foi MUITO bonitinho. Ainda tive a cara de pau de perguntar “como é que é? Uai?” e de pedir pra ele repetir mais uma vez (apesar de que também havia pedido pra ele repetir coisas como “porrrrrrteira” e demais palavras com o R retroflexo).

Dias depois, já no congresso, eu o troquei pra ir fazer a social com uns amigos que não via tinha mais ou menos um ano. Aí que eu passei a tarde bebendo e fumando com a galera e deixei o goiano meio de lado. Terminou que outra chegou, foi mais esperta, não bebia, não fumava e levou o boy. Deve ter aproveitado bastante (eu, no lugar dela, teria). Não que eu não tenha aproveitado com outras regiões também, né? Não sou obrigada, só soube ser discreta, mas isso já é assunto pra outra hora.

No final das contas, acho que sectarizamos demais as regiões e fazemos sexo de menos. Tá na hora de mudar isso aí. Vai ser bem mais prazeroso pra todo mundo.

Um comentário:

tay disse...

Só tu menina....prestar atenção em sotaques numa hora tão importante como essa!!!!